segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Atividade Física nos tratamentos de quadros Depressivos

Olá

Anda se sentindo triste, desanimado, sem vontade de sorrir, querendo não acordar mais, sem motivação para viver? Então seja forte, pense positivo e vamos fazer algum exercício.
A depressão é uma doença psíquica que, além de afetar o emocional de um indivíduo tornando-o incapaz de sentir prazer, afeta seu funcionamento fisiológico. É uma das doenças que causam maior índice de incapacitação psico-fisico-social à população geral, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) perderá apenas para as doenças cardiovasculares quanto a esse índice.


A atividade física é um importante aliado do tratamento antidepressivo devido ao seu baixo custo e sua característica preventiva de patologias que podem levar um indivíduo a situações de estresse e depressão. Os estudos que relacionam a atividade física à depressão têm verificado que indivíduos que praticam atividade física de forma regular reduzem significantemente os sintomas depressivos. A medicação farmacológica antidepressiva apresenta influencias positivas no tratamento da depressão, porém muitos pacientes não aderem ou não persistem a esse tipo de tratamento devido aos seus efeitos colaterais e ao seu alto custo. A falta de acesso e persistência ao tratamento farmacológico aumenta a procura por tratamentos antidepressivos alternativos, como eletroconvulsoterapia, psicoterapia e a atividade física.
A maioria dos psiquiatras percebe que a atividade física auxilia “de moderadamente a totalmente” o tratamento da depressão. De acordo com este grupo as variáveis que são moderadamente ou muito melhoradas com a prática da atividade física regular são:
  • A melhoria da estabilidade emocional,
  • A imagem corporal positiva,
  • O aumento da positividade e autocontrole psicológico,
  • A melhora do humor, a interação social positiva,
  • A diminuição da insônia e da tensão.
Alguns estudos indicam que o efeito antidepressivo da atividade física pode ser verificado rapidamente, sendo que 3 semanas de algumas seções regulares são suficientes para se perceber a melhora no estado de humor em pacientes com depressão subclínica. Os efeitos antidepressivos do exercício físico são percebidos em vários estudos, mas embora a maioria destes sejam realizados com exercícios aeróbios como a caminhada, estes efeitos também podem ser atribuídos aos exercícios anaeróbios. Uma caminhada durante 30 minutos, pode ser tão efetiva no alívio dos sintomas da depressão quanto o tratamento padrão à base de medicamentos antidepressivos, conforme publicado no The Archives of Internal Medicine.
Existem várias explicações para isso:
  • Melhora a neurotransmissão de Norepinefrina, Serotonina e Dopamina, resultando uma melhora de humor;
  • Exercício proporciona distração, diversão e um desligamento de emoções e comportamentos desagradáveis;
  • Aumento da temperatura corporal, devido ao exercício resulta em efeitos tranqüilizantes;
  • O aumento de endorfinas reduz a sensação de dor e estado de euforia;
  • Capacidade física melhorada proporciona aos indivíduos um senso de controle e auto-suficiência, entre outros.
Em pacientes depressivos os movimentos são comprometidos, e o profissional de Educação Física é capaz de identificar sinais motores característicos à patologia e que podem auxiliar na melhor condução do tratamento. As principais são:
Lentificação ou agitação, dificuldade de precisão, dificuldade no controle do movimento, dificuldade na manutenção do equilíbrio estático e dinâmico, hipertrofia muscular principalmente nos músculos da cintura escapular, cervical, intercostal, peitoral e quadris; hipotonia muscular (diminuição anormal de pressão ou tensão) nos músculos posteriores do tronco, ântero-laterias do abdômen e anteriores da coxa e restrições articulares: articulações coxo femural e escápulo-umeral. Estas alterações podem ser observadas através de desvios e vícios posturais.
Os pesquisadores estudaram 156 pacientes idosos diagnosticados com desordem depressiva principal (em inglês, MDD), os quais foram divididos em três grupos: exercícios, medicamentos e medicamentos com exercícios. Após 16 semanas, todos os grupos apresentaram melhoria similar e estatisticamente significativa. Cerca de 33% dos pacientes em geral não respondem a medicamentos, os quais causam, às vezes, efeitos colaterais indesejáveis.
Sintomas da MDD incluem ânimo deprimido ou perda de interesse combinados a, no mínimo, 4 dos seguintes itens: distúrbios do sono, perda de peso, mudanças no apetite, agitação psicomotora, baixa auto-estima ou culpa excessiva, cognição ou concentração debilitada e desejo de morte.
A simples ingestão de uma pílula é muito passiva, diferentemente do exercício, que faz com que os pacientes sintam-se dominadores de sua condição, com grande senso de realização. Sentem-se mais autoconfiantes, com melhor auto-estima por poderem realizar sozinhos os exercícios físicos.
Essas descobertas podem mudar a maneira pela qual alguns pacientes deprimidos são tratados, especialmente aqueles não interessados em antidepressivos. O estudo não incluiu pacientes acentuadamente suicidas ou com depressão psicótica.
Apesar da dificuldade em se avaliar o efeito da atividade física no tratamento da depressão de maneira isolada, ela se mostra como um importante agente auxiliar em um tratamento antidepressivo que envolva outras intervenções terapêuticas, entretanto, mais estudos são necessários acerca da influência da atividade física neste tratamento para que se dê maior suporte a formação de profissionais de educação física e para que se estabeleça uma metodologia aos programas de atividade física (freqüência, duração intensidade) direcionada aos objetivos do tratamento da depressão.



Viva com saude!

Fonte:   http://corpoemfoco.com.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Emagreça bem com musculação


Olá pessoal!


Apesar de existir muita gente que torce o nariz para a pratica da musculação.. A dica de hoje  mostra o quanto esses exercícios com cargas são importantes para quem quer emagrecer e se manter magra..  
Vale a pena conferir..


Se você quer enxugar o corpo e está pensando em riscar a musculação da agenda para abrir mais espaço para as atividades aeróbicas, pense duas vezes. Os exercícios com carga são importantes para perder gordura e fundamentais para você continuar em forma. Porque?
A balança aponta o mesmo peso de antes. Mas seu jeans favorito está mais justo a cada dia. Infelizmente, o problema não está na calça, mas em você.

Como a gordura pesa menos do que os músculos, o ponteiro da balança não mostra a diferença. Em compensação, o volume dos quadris e barriga cresce em virtude da gordura acumulada  já que ela ocupa mais espaço que a massa magra. Por isso, é a roupa e não o ponteiro da balança que acusa o problema. Até os 25, 30 anos, nossos músculos estão programados para crescer. A partir daí, esse processo estaciona. “No caso dos músculos, se o estímulo é baixo, eles entram em processo de atrofia e perdem volume”, explica Rodrigo G. Dias, fisiologista do exercício e pesquisador da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração (Incor), de São Paulo.
Quero esclarecer como podemos acelerar nosso metabolismo com a pratica da musculação fazendo nosso orgânismo queimar gordura constantemente, até em repouso, então vamos lá.



O que acontece no corpo
Menos massa magra (músculo) é quase sinônimo de mais massa gorda (gordura). “Quanto maiores os músculos, mais açúcar e gordura são necessários para mantê-los ativos”, diz Rodrigo. Por outro lado, se perdemos massa magra, o nosso metabolismo cai e as calorias em excesso acabam armazenadas na forma de gordura. E a massa gorda, ao contrário da magra, tem metabolismo baixíssimo.
Algumas pessoas erroneamente acreditam que exercícios não valem a pena o esforço por causa do pequeno número de calorias gastas. Por exemplo, andar queima aproximadamente 5 calorias por minuto. Devido ao fato de ter 7700 calorias em um quilo de gordura, iria parecer que você teria que andar 25 horas e 36 minutos para perder 1 quilo de gordura.
A grande falha está em se prender na quantidade de calorias gastas durante o exercício, pois também é muito importante pensar nos efeitos posteriores quando o metabolismo está acelerado. Pode ter certeza que mesmo quando moderado o exercício acelera o metabolismo (alimentação também ajuda). Nesse caso efeito residual do exercício, é o maior responsável pela queima de calorias e não a própria prática, chegando a queimar 3 à 8 vezes mais calorias horas depois.

Músculos fortes, gorduras off
Você não pode perder gordura sem que os músculos a queimem, eles tem têm enzimas muito específicas que queimam apenas gordura.


Pesquisas demonstram que pessoas que se exercitam regularmente têm essas enzimas em maior quantidade no organismo do que pessoas sedentárias.
Em outras palavras, os exercícios aumentam a habilidade do seu corpo queimar gordura de forma mais eficientemente. Isto significa que quanto mais você se exercitar, quanto mais você usar seus músculos, mais dessa enzimas seus músculos irão desenvolver para queimar mais gordura.

Já que cada quilo de músculo requer 110-220 calorias para se sustentar e que a gordura é queimada quase que exclusivamente pelos músculos, manter seus músculos fortes torna-se crucial para perda de gordura.


Os exercícios requerem que você use seus músculos, o que te permite manter (ou ainda aumentar) a quantidade de músculo que você tem. Não fazendo exercício, você irá perder músculo e reduzir sua habilidade de queimar gordura. Então não tem porque esperar, mesmo que você “ache” que não precisa (porque todos precisamos) tem o corpo esbelto, não espere o bumbum cair ou o bíceps sumir para treinar com carga.

Ouço pelas academias muitas reclamações e até rejeição referente a musculação ou exercícios de resistência muscular e olha que isso parte principalmente das mulheres. Se esse é o seu caso saiba que existem outras alternativas como as aulas de localizada que aparece em diversos nomes nas academias por ai: Local Carioca, Body Pump, Sculp, enfim, também as aulas de musculação em grupo caso você não goste de ficar de um aparelho para o outro, esperando o intervalo passar e contando cada repetição…
Tenha sempre em mente que até os 40 anos, basta um pouco de estímulo para recrutar todas as fibras disponíveis e prevenir a atrofia. “O exercício com peso não só impede a desativação das fibras como pode incentivar o aparecimento de novas”, fala Rodrigo.
O esforço que fazemos ao levantar e abaixar a carga rompe as fibras dos nossos músculos, que são refeitas mais tarde, em repouso. Mas como nosso organismo é esperto e quer prevenir futuras perdas, ele adiciona um pouco mais de volume a essas fibras, provocando o aumento da massa magra.
Depois dos 40 anos, começa o declínio definitivo de massa magra, que pode chegar a 50% do total de músculos na terceira idade. “Cada neurônio do sistema motor rege cerca de mil fibras musculares. Se elas não são usadas, o organismo entende que não há motivo para gastar energia para mantê-las. Assim, o neurônio morre e as fibras desaparecem para sempre”, explica Rodrigo.




Mudando o Metabolismo
Em relação ao gasto calórico, numa caminhada moderada de 1 hora você pode eliminar de 200 a 300 kcal. Já em 30 minutos intensos de musculação, pode-se gastar a mesma quantidade de kcal (dependendo de cada metabolismo).
Estudos asseguram e a prática comprova que a musculação acelera o metabolismo do seu praticante, favorecendo a queima de gorduras pelo organismo. Apesar de na musculação você não queimar gordura como fonte de energia, durante o esforço (onde se usa o fósforo, a creatina e a glicose anaeróbia), existe um processo chamado gliconeogênese, que é a utilização de gordura para repor as calorias perdidas durante o treino. Com o metabolismo acelerado, você continua queimando a gordura por muito tempo depois da atividade física.
Após o exercício aeróbio nosso organismo leva cerca de 1 hora para voltar ao normal, onde eliminamos entre 10 e 15 calorias. Quem faz musculação tem o metabolismo 12% mais acelerado no pós-treino e até 15 horas depois esta taxa continua 7% mais alta. Portanto, se temos uma rotina na musculação, aumentamos a massa magra e esta massa magra acelera o metabolismo de 17 a 25 vezes mais do que a massa de gordura, isso quer dizer que, quanto maior a massa muscular, mais acelerado será o seu metabolismo e o seu gasto calórico.
Para você ter uma idéia, 1 kg a mais de músculos (que não é muito fácil de conseguir) consome 15 kcal extras por dia. Em longo prazo (mais ou menos 10 meses) se você conseguir ganhar 2kg de músculos, poderá perder 8400 calorias. Você poderá eliminar de 2 kg a 3 kg de gordura em 12 semanas, fazendo musculação 3x por semana. É claro que a dieta alimentar também é necessária para acelerar o metabolismo e isso vai tornar o resultado mais rápido.
Saiba que emagrecer saudavelmente não significa necessariamente perder peso e sim aumentar a massa magra e diminuir a gordura, que é o que a musculação faz. Na verdade, o ideal é mudar a composição corporal, perdendo ou não peso na balança. Afinal, você prefere emagrecer e ficar com flacidez e fraco ou emagrecer enrijecendo os músculos, ganhando assim um corpo mais bonito, forte, saudável?
Sem dúvida, o melhor que se tem a fazer é associar a dieta aos exercícios aeróbios, a musculação e aos alongamentos, num programa adequado as suas necessidades, biótipo e condicionamento físico, tornando indispensável uma avaliação física e acompanhamento de profissionais como nutricionistas, professores de Educação Física e médicos.
Agora é só começar a treinar. 




Então, bom treino a todos.

Abraços.